Nesse mundo do faz de contas

Perdi as contas

De tantas farsas

De tantas contas

Que não foram pagas

De tantos ‘devos’

 

Pago o preço.

 

 

Nesse mundo de faz de contas

Pago minha conta

E faço de conta...

 

Que eu não sou daqui.

Lembro de quando a gente brincava

De terrorismo poético

Uma palavra lançada ao ar, a faísca

E nossa explosão de versos

 

Morte, sensibilidade, luto, alma, amor, solidão

Não sairemos nas capas dos jornais

Nem nos perseguirão

Quem... Entenderão?

 

O terror era todo nosso, apenas nosso

 

E enquanto não morremos

Em nome de Alá da Poesia

Ajoelhamos e juntamos

A palma da sua

Com a palma da minha mão

E rezamos, diante de nós mesmos

 

Às vezes eu, Jesus

Às vezes você, a cruz

 

E vice-versos.

 

 

 

 

E estaremos sempre perdoados.

140 Caracteres - Vol. 3

 

140 Caracteres - Vol. 3 

Meu quinto filho

Publicado em Dezembro de 2017

(Todos os direitos reservados)

R$ 20,00 - Frete Grátis para todo o Brasil. 

Para quem se interessar, é só entrar em contato:

ivancostalivro@gmail.com

Instagram: @ivancostaclarice

 

Os profissionais de saúde são aplaudidos por pessoas.

E pessoas vão às ruas acabar com o estoque de material que os profissionais de saúde precisam para trabalhar.

Palmas para essas pessoas.

Tenho sede, muita sede...

De alma.

Na falta de...

Cavo até as mais remotas profundezas de mim.

Para lá de além do sal...

Das lágrimas.

Pré-Soul.

Não desejo as coisas que eu passo

Minhas viagens

Minhas paranóias

Meus mergulhos profundos

Nessa minha viagem sem fim

Ao meu pior inimigo.

Mas desejo tudo isso...

Tudinho...

Ao meu melhor amigo.

Mais vale uma Clarice Lispector na mão...

Do que bilhões de pessoas por aí andando.

Eu até te entendo, meu amor...
Suas atitudes, seus atos, são seus, é fato.
Nem preciso saber,
se certos ou errados.


Mas são apenas fatos...



E não poesia.



Não, pelo menos...


A minha.

Aprende mais...

Aquele que mais apanha.


Mas o mais sábio...

Não é aquele que apanha mais.


E sim...

Aquele que mais sabe apanhar.

Quanto mais alargo os limites da compreensão...

Mais o Universo me devolve.

E me devolve...

A mim.